Softwares ajudam a reduzir gastos das PMEs
É alta de juros, dólar em disparada,índice de desemprego elevado e o país todo falando em crise
É alta de juros, dólar em disparada,índice de desemprego elevado e o país todo falando em crise. É justamente em situações como essas que é preciso reduzir custos, principalmente pequenas e médias empresas PMEs, que empregam, de acordo o último levantamento do Sebrae,em 2014, cerca de 52% de trabalhadores, representando 27% do Produto Interno Bruto (PIB).
Especialistas garantem que investir em tecnologia, principalmente em softwares, pode contribuir com a redução de gastos e ainda impulsionar o negócio. Para o diretor de desenvolvimento da Nasajon Sistemas, 6ª maior empresa de software contábil do Brasil, José Manuel Formiga, o nível de confiança dos empreendedores brasileiros está aumentando em relação à segurança da informação. “Aos poucos o processo de infiltração de SI aumenta entre as PMEs e o Brasil logo atingirá metas que o deixará entre os países que mais investem em tecnologia”, comentou.
Diretor de Marketing e Produto, Alencar Berwanger, disse que, há muito tempo que a tecnologia da informação(TI) deixou de ser diferencial competitivo para as empresas. Cada vez mais integrada com as demais áreas, a TI atua em conjunto com os gestores na escolha das ferramentas que vão apoiar o crescimento da organização, orientando e direcionando decisões para que a empresa consiga otimizar processos e ganhe produtividade e assertividade em suas estratégias.
Segundo ele, para ter uma gestão mais eficiente, é essencial que uma empresa invista em softwares flexíveis, confiáveis e de fácil implementação.“Um ERP, por exemplo, tem condições de reunir todos os dados e procedimentos administrativos, financeiros, comerciais, industriais e logísticos da empresa,facilitando as rotinas e, claro, contribuindo com a redução de custos,otimização do fluxo de informações para a tomada de decisões”, destacou.
Para o consultor em vendas e TI da Legado Consultoria& Comunicação, Gledson Santos, as PMEs que estão em expansão devem estruturar uma equipe dedicada a TI ou terceirizar o serviço, que é também conhecido por outsourcing. “Investir em softwares certos e sistemas de segurança não só aumentam suas vendas e impulsionam os negócios, como evita prejuízos”, avalia o engenheiro.
Santos disse que, atualmente não é possível existir uma pequena ou média empresa que queria crescer e abrir filiais, que não esteja investindo em tecnologia. “O investimento nessa área se torna inevitável ou o crescimento da empresa se fará de forma muito mais lenta. Pode-se começar contratando um especialista ou uma empresa terceirizada”, disse ele, complementando que participar de fóruns e eventos também pode ajudar, com a troca de experiência,assim como ler revistas sobre negócios.
Para a maioria dos especialistas um dos softwares mais utilizados é o Enterprise Resource Planning (ERP), sistema de informação integrado, adquirido na forma de pacotes comerciais de software com a finalidade de dar suporte à maioria das operações de uma empresa. Com a solução, as empresas integram as diversas atividades da sua cadeia de valor,incrementando as possibilidades de controle sobre os processos, integrando as operações internas da empresa, permitindo reduções em estoques de matérias primas, redução em tempos de atendimento a pedidos, produção e recebimento,além de ganhos de eficiência pela eliminação de operações realizadas manualmente.
Empresários precisam investir
De acordo com o sócio-proprietárioda WVM Soluções, empresa desenvolvedora e distribuidora de soluções tecnológicas, focadas em sistema de gestão empresarial integrada (ERP), Wagner Marinho, o uso do software nas PMEs ainda é muito limitado no país e que os próprios empresários têm consciência disso. “Falta conhecimento, e acima de tudo, motivação. Acredito que o medo de conhecer a fundo os números da empresa,se assemelha ao medo que muitos têm de ir ao dentista, ou seja, todos sabem que faz bem, mas se puderem evitar”, avaliou.
A empresária Karin Rocha, sócia-fundadora da Mobits, empresa especializada no desenvolvendo de soluções em plataformas, disse que apesar de existirem muitos softwares no mercado para empresas de médio e grande porte, há dificuldade do mercado em atender essa demanda das pequenas empresa se oferecer softwares de qualidade e que reflitam a realidade desse público.“Muitos ainda se utilizam de processos manuais ou semi-automatizados. Porém vemos um crescimento da oferta para essa demanda não atendida”, disse otimista.
Impulso no negócio
Visando aperfeiçoar a gestão dos negócios, a corretora Korsa Corretora de Seguros, investiu nos últimos anos cerca de R$ 250mil na área da tecnologia da informação (TI). De acordo com o empresário James Theodoro, antes do novo sistema ser implementado, a corretora não tinha informações com a rapidez necessária para tomada de decisões. “Agora todas as informações gerenciais ficam disponíveis deforma rápida,otimizando o trabalho da equipe”, comentou, enfatizando que softwares promovem mais rapidez, correções de rumos e um melhor planejamento estratégico.
Especializada em medicina nuclear diagnóstica,a clínica UDDO, sediada em São Paulo,investiu em fevereiro deste ano na tecnologia de virtualização de seus servidores, com software open source (Linux). Segundo o assessor de assuntos de TI da empresa, Jocimar Azevedo, coma solução,servidores ficam conectados em uma nuvem configurada, integrando a base dedados de suas unidades, disponibilizando o serviço de acesso de exames aos médicos. “É serviço este que é gerenciado por conexão criptografada por túnel virtual (VPN)”, explicou.
Azevedo disse que antes Os médicos da UDDO precisavam se deslocar entre as unidades da rede, para analisar e laudar os exames pertinentes ao serviço, o que causava desgastes desnecessários, como deslocamento e atraso. E com o aumento de número de exames aludados, houve redução do prazo de entrega ao paciente em 2 dias.